SoFi volta ao jogo: criptomoedas de volta ao cardápio
Se você já estava cansado de ver bancos tradicionais torcendo o nariz para criptomoedas, prepare o cafezinho: a SoFi, um dos bancos digitais mais badalados dos Estados Unidos, resolveu dar meia-volta e retornar ao universo cripto. Depois de dois anos de abstinência, a fintech reabriu as portas para negociações de ativos digitais e remessas on-chain, aproveitando a maré de regulamentações mais amigáveis do outro lado do Equador.
Para quem não lembra, a SoFi havia colocado o pé no freio em relação às criptomoedas lá em 2022, quando as incertezas regulatórias nos EUA estavam tirando o sono até de quem só investia em Bitcoin para “segurar por dez anos”. Agora, com o clima mais ameno e as regras do jogo ficando mais claras, a empresa resolveu que era hora de voltar à festa.
O que muda para o investidor?
A volta da SoFi ao mercado cripto é mais do que um simples “agora pode de novo”. Segundo a própria fintech, além do tradicional trading de criptomoedas (sim, comprar e vender Bitcoin, Ethereum e companhia limitada), eles estão colocando na mesa a possibilidade de remessas internacionais usando tecnologia blockchain.
Isso significa transferências mais rápidas, seguras e, claro, com taxas bem menores que as dos bancos convencionais, algo que quem já tentou mandar dinheiro para fora do Brasil sabe bem como dói no bolso. O mesmo se pode dizer entre Portugal e Brasil, ou inúmeros outros cenários em que as taxas arrasam nossos rendimentos!
Para o investidor brasileiro que acompanha de longe, a notícia pode parecer distante. Mas não se engane: quando uma instituição do porte da SoFi muda sua postura, isso costuma ser um sinal verde para outras empresas do setor. No mundo das criptos, efeito dominó é real e acontece rápido.
Regulação: finalmente um aliado?
O principal combustível para essa reentrada triunfal foi o avanço regulatório nos Estados Unidos. Depois de anos de incerteza, com órgãos como a SEC e o Federal Reserve soltando avisos e ameaças dignos de novela mexicana, o país começou a traçar linhas mais claras para o setor. Isso não significa que agora é bagunça mas, pelo menos, empresas sérias têm um caminho mais seguro para operar.
Como jornalista que já viu de tudo (até pirâmide que prometia lucros diários em dogecoin), posso garantir: ambiente regulatório claro atrai grandes players, afasta os picaretas e traz mais confiança ao investidor comum. Todos nós beneficiamos dessa confiança, apenas tem faltado alguma estabilidade no macro. E confiança é quase tão importante quanto uma boa seed phrase, convenhamos.
De olho nas remessas blockchain
Um dos grandes trunfos anunciados pela SoFi é o uso de remessas on-chain, ou seja, transferências baseadas em blockchain. Para quem trabalha, estuda ou tem família fora do Brasil, essa inovação pode ser um divisor de águas. Afinal, quem nunca ficou perdido entre taxas absurdas, prazos intermináveis e aquela sensação de que seu dinheiro cruzou o Pacífico de canoa?
Com as remessas blockchain, a expectativa é de operações praticamente instantâneas e com custos reduzidos. Não é exagero dizer que isso pode sacudir o mercado de transferências internacionais, especialmente se bancos digitais brasileiros resolverem seguir a mesma trilha.
O que esperar daqui pra frente?
A reentrada da SoFi no universo cripto é mais um capítulo de uma novela que está longe de acabar. Como alguém que já sobreviveu a bear markets, rug pulls e promessas de token que “ia bombar”, vejo esse movimento como um sinal claro: o setor financeiro tradicional está, aos poucos, abraçando o potencial das criptomoedas. Se até bancos digitais americanos estão voltando atrás, é bom ficar atento ao que pode acontecer por aqui. Note bem: o cripto não é mais brincadeira não!
E mais: a postura da SoFi mostra que, apesar dos tropeços do passado, o futuro das criptos não depende só de tecnologia, mas de regulamentação e confiança. Enquanto isso, a gente segue de olho, sempre lembrando: carteira segura, desconfie de promessas milagrosas e, claro, não coloque todos os ovos no mesmo bloco!