Real digital (Drex) e o futuro do Pix: vai matar as stablecoins no Brasil?

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Real digital ou DREX, é a moeda digital brasileira, em 2020 já estava sendo comentada, quando o banco central começou a estudar sobre a criação da moeda digital do banco. Anteriormente chamado de “Real Digital”, será que o DREX pode afetar algumas áreas que conhecemos, como o PIX e até mesmo as Stablecoins?

Bom, me chamo Matheus, sou redator focado em criptomoedas e neste artigo apresento uma análise detalhada de quais podem ser os impactos e principais mudanças com a introdução do DREX, acompanhe!

Imagem representando o Real digital DREX.

O que é o DREX?

Primeiramente, o DREX é uma moeda digital desenvolvida pelo banco central, ela representa uma versão digital do Real que usamos. 1 DREX equivale a R$1, usando a tecnologia blockchain, essa nova moeda já está sendo testada em ambientes restritos.

Já que é uma moeda digital desenvolvida pelo banco central, ela já se diferencia bastante das outras moedas digitais que já conhecemos, como Bitcoin e Ethereum. Já que o DREX é 100% centralizado por um banco.

Anteriormente quando a ideia do DREX surgiu, ela veio com o objetivo de trazer algumas melhorias e modernidade para o nosso sistema financeiro, destaquei alguns abaixo.

  • Modernizar o sistema financeiro: O DREX pode aumentar a eficiência de transações reduzindo custos, além de agilizar processos, como a liquidação de operações financeiras em tempo real.
  • Inclusão financeira: Atingir e incluir pessoas que estão de fora de bancos, utilizando carteiras digitais mais acessíveis.
  • Inovar com contratos inteligentes: Permite transações programáveis, e com isso, a compra de bens tokenizados. Isso reduziria a necessidade de cartórios para fazer o intermédio.
  • Garantir segurança e privacidade: Operar em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e a Lei do Sigilo Bancário, com testes focados em soluções de privacidade.

Atualmente, o DREX está em sua segunda fase, e ao que tudo indica, ele pode ser introduzido de lançado em 2026 em nosso país.

Como o DREX pode afetar as Stablecoins?

Em contraste com DREX, as stablecoins são cripto ativos privados, normalmente estão atreladas a outra moeda fiduciária como o dólar, ou qualquer outro ativo que possa manter a estabilidade do valor das stablecoins. Hoje no Brasil, algumas stablecoins tem tido um crescimento notável, USDT e USDC representam mais de 70% do valor de transações em corretoras como a Binance.

Diante disso, quais podem ser as implicações do DREX sobre estas moedas como USDT e USDC? Abaixo mostro bem quais podem ser, confira.

Concorrência Direta com Stablecoins

Bem como tinha falado anteriormente, o DREX é uma versão digital do Real brasileiro, e por conta disso, ele compete diretamente com stablecoins que sejam atreladas ao Real. Não só isso, mas também acabaria, querendo ou não, competindo com outras stablecoins estrangeiras.

Devido ser uma moeda digital emitida pelo banco central, talvez a percepção de maior segurança possa afetar a demanda de outras moedas privadas. A maior segurança jurídica e confiança institucional que o DREX, supostamente daria, é um fator a ser considerado.

Junto a isso, o PIX terá integração completa com o DREX, permitindo pagamentos mais rápidos e programáveis com contratos inteligentes. Possivelmente aumentando a adoção por lojistas e consumidores ao DREX.

Stablecoins geralmente operam em ambientes menos regulados, e por conta disso, podem acabar enfrentando problemas com a incerteza legal. O DREX por seguir um caminho centralizado e regulado, pode atrair mais empresas e usuários que buscam maior confiabilidade e estabilidade.

Impacto na Tokenização e Finanças Descentralizadas

Olhando para um futuro em que o DREX tenha maior aceitação, ele permitirá a tokenização de ativos reais (imóveis, veículos, títulos financeiros), possibilitando investimentos fracionados e maior liquidez.

Por consequência, isso pode bater de frente com as stablecoins que hoje são usadas como plataformas de DeFi em negociações de ativos tokenizados. Já que o DREX será algo institucionalizado em ambiente regulado e integrado ao sistema financeiro tradicional.

Ademais, as stablecoins podem ter sua dependência reduzida caso a capacidade do DREX de executar contratos inteligentes seja maior.

Riscos e Desafios para Stablecoins

Com as stablecoins USDT e USDC sendo as principais opções hoje em trading e remessas internacionais, elas podem perder um pouco espaço caso o DREX se torne uma alternativa mais fácil e acessível.

Segundo especialistas como Italo Borssatto do BIS, o DREX pode ser uma das CBDCs mais inovadoras globalmente. Isso pode posicionar o Brasil como uma referência em finanças digitais e assim atrair maiores investimentos estrangeiros, reduzindo a dependência de stablecoins de fora.

Futuro do PIX

É certo que o PIX foi uma das melhores implementações para o nosso sistema financeiro. Sendo lançado em 2020 e revolucionou as transações financeiras no Brasil, com mais de 3 bilhões de transações mensais em 2024. Será que o DREX pode trazer mais inovações para este sistema que já é inovador?

Pois bem, a chegada do real digital pode ter alguns desafios, mas implementar algumas sinergias, deixa que eu explico.

Integração e Sinergia

O PIX hoje como conhecemos não consegue fazer pagamentos mais complexos como pagamentos condicionais ou parcelamentos automáticos. Com a integração do DREX estes tipos de pagamentos seriam possíveis, e o PIX se tornaria a principal estrutura de pagamentos do Brasil.

A expansão da acessibilidade via PIX é algo que o DREX poderá aproveitar, com a estrutura de pagamento já estabelecida, a distribuição do real digital terá maior garantia e capilaridade.

Desafios Potenciais

Claro que nem tudo pode ser simples assim, certo? Desafios como a complexidade para o usuário final é uma possibilidade real. Aqueles que não possuem grande familiaridade com novas tecnologias podem ser bastante afetados.

Seguindo essa linha de raciocínio, caso o banco central queira que o DREX tenha grande aceitação, precisará de um investimento pesado na educação financeira do brasileiro médio.

Em adição, a estrutura de pagamento do PIX hoje já é muito eficiente e é gratuita, com a introdução de um novo sistema como o DREX. Isso pode trazer alguns custos para as instituições, que inevitavelmente será repassado ao consumidor final, afetando a aceitação do real digital.

Conclusão final sobre o Real Digital (DREX)

Por fim, o DREX representa uma pequena evolução rumo à digitalização do sistema financeiro que conhecemos. Podendo sim, transformar a forma como conhecemos as transações e certos investimentos. Olhando para as stablecoins, o DREX pode talvez impactar na relevância delas em transações domésticas. Por outro lado, é evidente que as stablecoins ainda terão grande espaço no mercado global.

E caso o banco central faça os esforços certos, o DREX pode vir a complementar o PIX, entretanto é fato que isso muito provavelmente terá grande desaprovação do público geral que gosta de como o PIX está hoje.

Ficou interessado em saber mais sobre as stablecoins? Confira também qual será o Impacto das Stablecoins no Futuro da Economia Global.

Agradeço grandemente pela sua atenção até aqui, nos vemos em uma próxima análise, guia ou notícia!

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