Bitcoin nas empresas: Sonho ou ilusão?
Ah, o Bitcoin! Já foi chamado de ouro digital, esperança dos desbancarizados e, para alguns, a solução mágica para tudo que envolve dinheiro. Mas, se você acha que as maiores empresas do planeta estão correndo para encher seus cofres com o ativo, pode tirar o cavalinho da chuva.
Meta, Amazon, Microsoft e outras gigantes estão dizendo um sonoro “não, obrigado” para o Bitcoin como reserva de tesouraria. Recentemente falámos da possibilidade da Apple usar Bitcoin para financiar sua tesouraria, por conselho de Michael Saylor, da Strategy. Isso se mantém uma mera possibilidade até o momento.
O que é reserva de tesouraria, afinal?
Antes de tudo, vamos traduzir o economês: reserva de tesouraria é aquele colchão financeiro que as empresas mantêm para emergências, salários e investimentos rápidos. Tradicionalmente, isso significa dinheiro vivo, títulos públicos e, no máximo, um pouco de ouro – nada de emoção!
Quando a Tesla anunciou a compra bilionária de Bitcoin em 2021, muita gente achou que o jogo tinha virado. Mas não foi bem assim. Nunca é, realmente.
Por que as gigantes dizem “Não” ao Bitcoin?
Se tem uma coisa que Meta, Amazon e Microsoft amam mais do que inovar é estabilidade. Essas empresas movimentam bilhões de dólares todos os dias e não podem se dar ao luxo de ver o caixa evaporar de um dia para o outro por causa de um tweet polêmico do Elon Musk ou de uma mudança de humor do mercado cripto.
Volatilidade: O Bitcoin pode subir 10% num dia e cair 15% no outro. Para quem já perdeu dinheiro em shitcoin (quem nunca?), sabe que o coração não aguenta esse sobe e desce. Agora imagine isso na escala de uma empresa global… pode ser a ruína, com as ações da empresa em queda vertiginosa.
Regulação e Contabilidade: As regras para contabilizar criptomoedas ainda são um samba do crioulo doido. Cada país pensa de um jeito, e os auditores torcem o nariz. Imagine explicar para o conselho administrativo por que o caixa sumiu por causa de um flash crash no mercado.
Liquidez e Aceitação: Por mais que Bitcoin seja popular, tentar usar 50 mil bitcoins para pagar fornecedores ainda não é tarefa fácil. A maioria quer mesmo é dólar ou real na conta.
E o que diz a experiência?
Olha, já vi de tudo nesse mercado: de moedas meme prometendo render mais que Tesouro Direto até rugpulls dignos de novela das 8. Empresas que apostaram pesado em cripto acabaram, muitas vezes, se arrependendo.
A MicroStrategy, por exemplo, virou praticamente um fundo de Bitcoin e vive oscilando conforme o preço da moeda. Não é para qualquer um e há aqueles que dizem que é um enorme Ponzi, ou bolha, que não tem como não rebentar.
O caso Tesla: O exemplo que não pegou
Quando a Tesla investiu em Bitcoin, o mercado pirou: “Agora vai!” – diziam os apaixonados por cripto. Mas Elon Musk logo percebeu que a montanha-russa era séria e começou a vender parte dos ativos. O resultado? Outras big techs preferiram ficar só olhando. No fim das contas, o impacto no caixa da Tesla foi grande, mas o exemplo não virou tendência.
O futuro: Cautela ou FOMO?
O FOMO (Fear of Missing Out, ou “medo de ficar de fora”) é real no mundo cripto. Mas, para grandes empresas, o medo maior é outro: perder dinheiro dos acionistas. Por isso, até que o Bitcoin amadureça, ganhe regras claras e estabilidade (será que um dia?), as gigantes continuarão preferindo opções menos emocionantes.
Agora, se você é investidor pessoa física, a história é outra. A gente sabe que o coração do brasileiro aguenta emoção: já passamos por inflação galopante, congelamento de poupança e até plano Collor. Se quiser apostar uma parcela pequena do seu portfólio em Bitcoin, vá fundo – mas não espere que as empresas sigam o seu exemplo tão cedo.
Conclusão: Bitcoin ainda é alternativo
Por enquanto, o Bitcoin segue sendo uma reserva alternativa, um ativo para quem gosta de adrenalina e acredita no futuro da descentralização. As big techs estão de olho, mas com um pé atrás (e o outro pronto para correr). Se o jogo virar, a gente avisa – e com memes, claro!
Fique de olho aqui no CriptoNewsBR para mais histórias de altos e baixos, e não esqueça: diversificação é o nome do jogo.
Até a próxima, criptoinvestidor!